16 de março de 2015

A Segunda Onda


O que aconteceu neste dia 15 – em São Paulo principalmente – impressiona. Podemos estar diante da segunda onda do movimento que eclodiu em junho de 2013.

Em sua primeira aparição, as manifestações mostravam, apesar da heterogeneidade, uma face progressista, pois se filiavam a movimentações como a dos Indignados, da Espanha, ao Ocuppy Wall Street, nos EUA, ou ainda à gênese do Syriza, na Grécia.


Em 2015, tudo mudou.


Os contingentes engajados no protesto não escondem sua filiação à direita. Estão mais próximos das fisionomias políticas que mostraram seus rostos nas chamadas Revoluções Coloridas do Leste Europeu ou ainda nas jornadas da oposição golpista, na Venezuela.


O que aconteceu hoje marca apenas o início de uma escalada. Quem está em perigo, a partir desse sinistro dia 15 – mais que o atual governo – são as instituições democráticas no país.


Nas pistas da Avenida Paulista marcharam homens e mulheres ausentes de qualquer apreço pelos poderes da República, sejam o executivo, o judiciário ou o legislativo. Uma gente autoritária que não hesitou em seqüestrar o hino, a bandeira e as cores pertencentes a todos os brasileiros.


Esta espiral de intolerância só pode ser detida pela ampla unidade de todas as correntes democráticas do país. Que a oposição não incorra no mesmo erro de personalidades como Carlos Lacerda e Ademar de Barros, políticos engajados na urdidura do golpe de 1964, posteriormente tragados pelo movimento ao qual pretenderam dar direção.


Não se enganem os brasileiros. O espectro que ronda a atual crise é o do fascismo.


Marcelo Barbosa
Advogado, doutor em Literatura Comparada pela UERJ e diretor-coordenador do Instituto Casa Grande

7 de março de 2015

No ar, a edição de FEVEREIRO do jornal Algo a Dizer

Já está no ar a edição de FEVEREIRO do jornal de Cultura e Política Algo a Dizer com o seguinte conteúdo:
1- Entrevista com a premiada cantora de samba Dorina – por Áurea Alves – que fala de sua vida artística e de seu oitavo trabalho, um álbum dedicado a composições do grande Luiz Carlos da Vila;

2- Marta Perez faz a crítica da peça Cine Monstro, dirigida por Enrique Diaz: “Disfarçado de cômico, o Cine Monstro é um tapanacara.”;

3- O humor refinado de Jorge Nagao em Ecoinfratores.

4- No "Cotidiano" de Maria Balé, uma dolorosa ocorrência pessoal em O amor é uma criança.

5- Adilson Luiz Gonçalves com sua crônica Ainda, Casa Grande e Senzala;

6- Preciso escrever uma crônica, texto crítico e mordaz de Alexandre Brandão;

7- A crônica moral de Cinthya Nunes Crime e castigo;

8- A deliciosa crônica Inventos e desinventos, de Sérgio Antunes;

9- Naquele janeiro, crônica introspectiva de Valéria Lopes;

10- O delicado poema Ritornelo, de Afonso Guerra-Baião;

11- A homenagem à água, no forte poema de Antonio Barreto Afogábilia;

12- O soneto de Luca Barbabianca Mídia e a manipulação que promove na visão de Noam Chomsky;

13- O Diálogo, conto sempre interessante de Vivian Pizzinga;

14- No ensaio Os Demônios: Dostoiéski, Carlos Russo Jr. faz uma análise desse romance do grande mestre russo

→ Mas dê também uma olhada nas fotos e vídeo do bloco carnavalesco Devassos da Cardeal, no evento no Facebook.









Um abraço e boa leitura

Kadu Machado

(21) 99212-3103